quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

ASTEROIDE

Os asteroides (pré-AO 1990: asteróide)[1] são corpos rochosos e metálicos que possuem órbita definida ao redor do Sol.[2] Fazem parte dos corpos menores do sistema solar, possuindo, geralmente, apenas algumas centenas de quilômetros. Alguns asteroides possuem luas.[3]
Historicamente, chegaram a ser igualmente denominados planetoides, planetas menores ou pequenos planetas - mas na resolução B5 de 24 de Agosto de 2006 tomada em Praga, a União Astronômica Internacional (UAI) recomenda que todos estes sinônimos deixem de ser usados, devido à sua ambiguidade.[4] O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "oide", sufixo que denota semelhança. São semelhantes aos meteoroides, porém com dimensões bem maiores, possuindo formas e tamanhos indefinidos.[2] O menor asteróide que os astrônomos já mediram com sucesso, usando quatro telescópios diferentes, é de 2 metros de largura. Ele passou perto de nosso planeta em outubro de 2015.[5]
Minor Planet Center possui dados de mais de 1,1 milhão de planetas menores no Sistema Solar interno e externo, dos quais mais de 680 mil têm designações numeradas.[6] A grande maioria desses objetos está no cinturão de asteroides.
Cinturão de asteroides em branco, entre Marte e Júpiter.
São desconhecidos quase todos os de menor tamanho, os quais acredita-se que existam cerca de um milhão.[2] Estima-se que mais de quatrocentos mil possuam diâmetro superior a um quilômetro.
Ceres é o maior asteroide conhecido, possuindo diâmetro de aproximadamente novecentos quilômetros,[7] e, desde 24 de Agosto de 2006, passou a ser considerado também um planeta anão. Possui brilho variável, o que é explicado pela sua forma irregular, que reflete como um espelho a luz do Sol em diversas direções.[8]
Os asteroides estão concentrados em uma órbita cuja distância média do Sol é de cerca de 2,1 a 3,2 unidades astronômicas, entre as órbitas de Marte e Júpiter.[7] Esta região é conhecida como Cinturão de Asteroides, que é uma fonte de pequenos corpos.[9] No entanto, dentro deste cinturão há diversas faixas que estão praticamente vazias (são as chamadas Lacunas de Kirkwood), que correspondem a zonas de ressonância onde a atração gravitacional de Júpiter impede a permanência de qualquer corpo celeste.[10]
Alguns asteroides, no entanto, descrevem órbitas muito excêntricas, aproximando-se periodicamente dos planetas TerraVênus e, provavelmente, Mercúrio. Os que podem chegar perto da Terra são chamados EGA ("earth-grazers" ou "earth-grazing asteroids"). Um deles é o famoso Eros.[11]
Os troianos constituem outros espécimes particulares de asteroides que orbitam fora do cinturão.[12]
Há muitas técnicas utilizadas para se estudar as características físicas dos asteroides: fotometriaespectrofotometriapolarimetria e radiometria no infravermelho. A superfície da maior parte deles é comparável à dos meteoritos carbônicos ou à dos meteoritos pétreos.[13][14]
De acordo com as teorias mais modernas, os asteroides seriam resultado de condensações da nebulosa solar original, mas que não conseguiram aglomerar toda a matéria em volta na forma de um planeta devido às perturbações gravitacionais provocadas pelo gigantesco planeta Júpiter.[7] Outra teoria afirma que aí existia um planeta, mas que foi destroçado pela sua proximidade com Júpiter.[7]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Commons
Commons possui imagens e outras mídias sobre Asteroide

Referências

  1. Ir para cima «Introdução aos asteroides». Views of the solar system. Consultado em 4 jan 2013 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
  2. ↑ Ir para:a b c «Asteróides». Mundo Vestibular. Consultado em 4 jan 2012 Verifique data em: |access-date= (ajuda)
  3. Ir para cima Tiny Moons Around Asteroids parte das "Benjamin Dean Astronomy Lectures" (2016)
  4. Ir para cima «Questions and Answers on Planets» (em inglês). U.A.I. Consultado em 11 de Agosto de 2013
  5. Ir para cima 6-Foot-Wide 'Bald' Asteroid Is Smallest Ever Studied por Mike Wall, em "Space.com" (2016)
  6. Ir para cima «Provisional Designations». Minor Planet Center. 11 de setembro de 2014. Consultado em 2 de outubro de 2012
  7. ↑ Ir para:a b c d «Como funcionam os asteróides». ciencia.hsw.uol.com.br. Consultado em 4 de janeiro de 2013
  8. Ir para cima «Ceres, o maior asteroide do Sistema Solar, emite jatos de vapor d'água». Epoca. 23 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de abril de 2016
  9. Ir para cima LAZZARO, Daniela. (Abril 2009). "O Sistema Solar e corpos extraordinários". Ciência Hoje 43 (258) p. 40-45.
  10. Ir para cima «Asteroides». Galeria dos Meteoritos. 23 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de abril de 2016
  11. Ir para cima Regina Helena Porto Francisco e Márcio Arruda Fatibello (23 de janeiro de 2014). «433 Eros: asteróide por perto!». Revista Eletrônica de Ciências. Consultado em 8 de abril de 2016
  12. Ir para cima «Asteroides». Galeria dos Meteoritos. 23 de janeiro de 2014. Consultado em 8 de abril de 2016
  13. Ir para cima «Novo método identifica famílias de asteroides com maior precisão». Fapesp. 7 de agosto de 2013. Consultado em 8 de abril de 2016
  14. Ir para cima «Novo método identifica famílias de asteroides com maior precisão» (PDF). Observatório Nacional. 7 de agosto de 2013. Consultado em 8 de abril de 2016

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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